TELA VIVA NEWS
Radiofrequência terça-feira, 14 de junho de 2011, 20h54
Interferência do WiMAX na banda C pode prejudicar transmissão de eventos esportivos, diz Rede Globo
Às vésperas do final da consulta pública 23, que termina no próximo dia 24, sobre o edital de venda da faixa de 3,5 GHz, a Abert volta a manifestar sua preocupação em relação à interferência da tecnologia WiMAX (que possivelmente será usada nesta frequência) em uma das faixas de transmissão usadas pelo satélite, a banda C. A associação pede à Anatel que prorrogue o prazo do fim da consulta até que sejam apresentados estudos que garantam que a operação do satélite não sofrerá interferência. As emissoras de TV utilizam a banda C para distribuir seus sinais entre as afiliadas e também para a transmissão direta ao telespectador por meio de parabólicas.
O grande problema está na potência que a Anatel permite que os sistemas WiMAX operem na faixa. Até 2005 a potência máxima que poderia ser utilizada na faixa era de 2 Watts (W). Mas em 2010 a Anatel alterou esse limite para 4W até 5 anos e depois disso até 30W. “É como se tivesse um grupo de freiras rezando ao lado de um trio elétrico”, descreve Luiz Otávio Prates, diretor de regulamentação da StarOne.
Segundo a Abert, a interferência afeta tanto os consumidores residenciais que utilizam antenas parabólicas menores – estima-se que haja 22 milhões de antenas - quanto as antenas de grande porte utilizadas pelas emissoras. Leonardo Chaves, engenheiro de projetos de telecomunicações da TV Globo, afirma que a banda C é usada pelas emissoras para receberem o sinal de eventos internacionais como a Copa do Mundo, Olímpiadas, Fórmula 1 etc. “Isso influencia o modelo de distribuição da radiodifusão no Brasil”, afirma ele.
Luis Roberto Antonik, diretor geral da Abert destaca que algumas emissoras hoje já precisam “isolar” as antenas, com o uso de uma gaiola de Faraday, para que elas não sofram interferência do WiMAX. Segundo Prates da StarOne a diferença de potência entre os dois sistemas é tão grande que não há no mercado filtro que possa impedir a interferência.
Os executivos foram ouvidos em seminário promovido pela Abert nesta terça, 14, no Auditório da TV Câmara, em Brasília. Helton Posseti.
O grande problema está na potência que a Anatel permite que os sistemas WiMAX operem na faixa. Até 2005 a potência máxima que poderia ser utilizada na faixa era de 2 Watts (W). Mas em 2010 a Anatel alterou esse limite para 4W até 5 anos e depois disso até 30W. “É como se tivesse um grupo de freiras rezando ao lado de um trio elétrico”, descreve Luiz Otávio Prates, diretor de regulamentação da StarOne.
Segundo a Abert, a interferência afeta tanto os consumidores residenciais que utilizam antenas parabólicas menores – estima-se que haja 22 milhões de antenas - quanto as antenas de grande porte utilizadas pelas emissoras. Leonardo Chaves, engenheiro de projetos de telecomunicações da TV Globo, afirma que a banda C é usada pelas emissoras para receberem o sinal de eventos internacionais como a Copa do Mundo, Olímpiadas, Fórmula 1 etc. “Isso influencia o modelo de distribuição da radiodifusão no Brasil”, afirma ele.
Luis Roberto Antonik, diretor geral da Abert destaca que algumas emissoras hoje já precisam “isolar” as antenas, com o uso de uma gaiola de Faraday, para que elas não sofram interferência do WiMAX. Segundo Prates da StarOne a diferença de potência entre os dois sistemas é tão grande que não há no mercado filtro que possa impedir a interferência.
Os executivos foram ouvidos em seminário promovido pela Abert nesta terça, 14, no Auditório da TV Câmara, em Brasília. Helton Posseti.
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